domingo, 11 de dezembro de 2011

PS 2 - Resident Evil 4

     Falar de jogos é algo que eu gosto, agora, falar de jogos de Survival Horror é algo que eu realmente gosto.
     Resident Evil 4 é um dos meus preferidos e, pra falar a verdade, um dos únicos que eu joguei até o final. Acho que pelo menos todos que gostam desse tipo de jogo já jogou, mas, até para aqueles que não são tão fãs, eu recomendo.












     Resident Evil 4 é um jogo de ação em terceira pessoa com elementos de tiro e um enredo de arrepiar. O jogador está na pele de Leon, o mesmo protagonista de Resident Evil 2, que agora é agente da CIA e vai a um bizarro vilarejo na Espanha para resgatar a filha do presidente dos EUA, Ashley. No entanto, ao chegar lá, ele se depara com criaturas nada amigáveis, os Ganados, homens infectados por um vírus que os torna bastante semelhantes a zumbis, mas com capacidade de correr e usar armas, por exemplo.
     Devido às suas habilidades, os novos inimigos exigem maior dinamismo do jogador, coisa que os comandos novos permitem bem. Em RE4 há um novo sistema de mira, que fazem com que o jogador tenha maior controle e precisão ao atirar. A câmera agora tem uma nova perspectiva, situando-se sempre sobre o ombro do protagonista.

     Agora, fico pensando, quem será que já atirou na cabeça da Ashley por não aguentar mais aquela vozinha "Leeeon, Leeeeooon..."? Ou quem matou o mercador pra ver se ia conseguir roubar alguma coisa ou só pra vê-lo morrendo mesmo?
     Bem, eu já, e detalhe, matei o mercador na facada mesmo... kkk. Mas além de fatos engraçados como esses, pode ter a certeza que muitos sustos virão também, pois esses "quase zumbis" conseguem as vezes ser muito feios e perigosos.
     Ah, e só pra constar, o Leon é um dos personagens mais lindos pra mim *-*



     Eu gostaria de ser protegida por ele o tempo todo. Beijos para os viciados em videogame e para todos. :D

sábado, 10 de dezembro de 2011

Para Salvar Uma Vida

     Esse é o tipo de história que encanta qualquer um, em qualquer idade e em qualquer situação. É impossível não se sentir tocado diante de tantos questionamentos que surgem sobre nossa própria vida à medida que as ações se desenrolam.
     Para Salvar Uma Vida é um filme que, posteriormente, se transformou em livro através de adaptações e acréscimo de detalhes.




Jake Taylor é um jovem de 18 anos que tem uma vida perfeita: é rico e popular, tem a namorada mais linda e uma bolsa de estudos garantida. Mas Jake há muito tempo deixou de lado seu amigo de infância, Roger Dawson, que se cansa de não ser ouvido nem ser notado e comete uma tragédia.
Mas Jake sente a morte do velho amigo e algo em seu interior começa a ser mudado. Várias dúvidas começam a aparecer e sua suposta "vida perfeita" vira ruínas.

     Inconscientemente, novos conceitos sobre a vida, amigos e família e perguntas indesejadas aparecem. Mas a história realmente vale à pena pois muitas vezes situações como essas passam diante de nossos olhos sem realmente enxergarmos.
     Li o livro mas ainda não pude ver o filme. Mesmo assim, aqui vai o trailer que parece ser tão bom quanto o livro.

                                                                             
 

Beijos, gente.

sábado, 5 de novembro de 2011

Dois Comentários num Post só: Transformers 3 e Paramore

     Muitos gostam, outros odeiam, mas o fato é que a saga Transformers está ficando cada vez melhor.
     Eu gosto dos filmes especialmente por terem um pouco de cada gênero em sua trama: aventura, romance, guerra, drama, comédia. Torna-se uma mistura perfeitamente coesa. No caso de Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua, não poderia ser diferente.
     Agora, porém, o filme aborda assuntos verdadeiros como a Corrida Armamentista entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a Guerra Fria.


     Pôster:




     A trilha sonora e os efeitos especiais também são ótimos. Mas, como nem tudo poderia ser perfeito, aqui vai: Não gostei da atriz que faz a personagem de nova companheira do Sam, uma vez que a personagem da Megan Fox supostamente o abandonou, isso não fica muito claro.


Logicamente, "eles" descordarão.

     De qualquer maneira, vejam o trailer porque compensa assistir.



     Agora, vocês me perguntam: "mas o que isso tem a ver com Paramore?". E a resposta é: "nada, apenas aproveitei o fato deste filme ter em sua trilha sonora a música Monster para poder comentar sobre eles".
     Conheço a banda Paramore desde que lançaram seu primeiro CD e a música Misery Business estourou, mas continuo me surpreendendo com eles a cada vez que fazem um trabalho novo.
     São uma banda de rock com vocal feminino. E a voz da Hayley é simplesmente incomparável.

   
     
     Gosto muito das músicas My heart, Turn it off e Careful. Na realidade, curto quase todas. kkk 
     Mas como falávamos de Transformers 3, aqui vai Monster.



     É isso aí, muito tempo sem passar por aqui, mas espero que gostem.
     Beijos, gente.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Felicity - seriado

 Oii, gente!!
Finalmente o semestre está acabando e, mesmo eu não tendo passado pra Medicina em nenhuma faculdade, cheguei bem perto de fazer parte desse ambiente universitário.
E, falando nisso, quero compartilhar com vocês aqui um ÓTIMO seriado indicado para mim por uma de minhas primas que retrata justamente isso: universidade, responsabilidades, intrigas, amores, desilusões e por aí vai.

     Felicity Porter (Keri Russell), uma adolescente que acaba de se formar no colégio resolve ir para a Universidade de New York, após descobrir que Ben Covington (Scott Speedman), seu grande amor, irá estudar lá. Essa decisão irrita seus pais, que não concordam com a idéia de ter sua filha morando sozinha numa cidade grande, mas mesmo assim, Felicity parte para New York na tentativa de ficar com Ben.
     Quando chega na cidade, Felicity descobre que Ben não faz idéia do que ela sente por ele, mas isso não a impede de continuar seguindo seu coração. Felicity permanece na Universidade e conhece Julie Emrick (Amy Jo Johnson), que vira sua melhor amiga. Ela também acaba se aproximando de Noel Crane (Scott Foley), o supervisor do andar de seu dormitório. Wikipédia

O seriado é composto de 4 temporadas e, infelizmente, tive que parar de assistir na terceira por causa do cursinho. Mas eu ainda vou terminar, sério, a história é muito boa.
A trilha sonora nem se comenta, é perfeita! E combina direitinho com as personagens. Podemos ouvir nomes como Sixpence None the Richer, Chantal Kreviazuk e a própria Amy Jo Johnson.
Fotos:

O melhor triângulo amoroso



Felicity







Julie


Noel - sempre torço por ele *-*

Ben

É isso aí, espero que vocês se interessem porque é um seriado que realmente vale a pena assistir, sem contar que esses atores são lindos, pelo amor de Deus. :D
Beijos, até mais.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Canção (do Exílio) nada Melódica

Oi gente. Quanto tempo hein? Vocês ainda lembram que eu existo e que eu tenho um conto pra terminar, né?! Por favor, não se esqueçam de mim. Hhuahuaauh.
Bem, fiz vestibular esse fim de semana mas nem parece, porque o cursinho ainda está em clima de vestibular. Ou seja, estou sem tempo até mesmo pra respirar. Mas daqui uns dias isso muda, e pretendo dar continuidade aqui nas postagens dos capítulos, ok? 
Por enquanto, estou passando só pra publicar um texto muito depressivo que eu escrevi esses dias depois de conversar com a minha família no telefone, chorar e tudo o mais. É... a vida é mais difícil do que eu imaginava estando longe deles. 
É isso, espero poder publicar mais aqui de agora em diante. Beijos

      Chega um momento em que todo o mundo a sua volta cai por terra. São ruínas baseadas em crenças, instituições e sistemas que nunca funcionaram, que só estiveram ali pura e simplesmente porque era conveniente que estivessem.
      Então você pára e se encontra perdido. Você procura e descobre que está sozinho. De repente, o que quer que estivesse "lá" já não é mais importante. Você mal consegue lembrar onde se encontra o tal "lá", e você não dá a mínima.
      Tente relembrar como era bom ser livre e não ter preocupações. A ignorância sempre foi mais fácil de engolir. Seu gosto, muitas vezes doce. Mas não era o suficiente e você queria mais. Você sempre quis mais. Descubra agora como digerir e aceitar tudo isso tem sido difícil e você mal percebera.
      Nessas horas, vale até apelar para Deus. Sua última saída. Mas há muito você não conversa com esse Deus e já não sabe mais como fazê-lo. Ore e implore para que Ele faça jus ao significado da palavra "piedade".
      Não adianta se virar e desejar o passado. Você está bem no meio do caminho. Daqui para frente, apenas os extremos: seja, queira, torne-se, conquiste. Ou não.
      Deixe tudo para trás. Você precisa começar a construir mais um (frágil) novo mundo. Isso é tudo o que você poderá deixar de valioso para as próximas gerações; Afinal, eles também terão suas próprias ruínas para recomeçar.
    Chega um momento em que você se torna mais forte. Você começa a reparar diferentemente. Tudo depende apenas de como você encarará o céu depois da tempestade. Mas não há como fugir.
     Cedo ou tarde, chega o momento.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Capítulo 06

O longo caminho foi percorrido calma e silenciosamente pelos dois. Jéssica escutava os sons da noite e a respiração de Neto no alto de sua cabeça. Apesar de ter dormido por duas horas, ela se sentia exausta e muito dolorida, e com muito esforço, mantinha-se acordada. Quando avistaram o casarão, minutos depois, com várias luzes acesas, Neto instigou os cavalos a apressarem o galope.
Seu Sebastião e Dona Linda estavam em pé, na varanda da frente, e logo avistaram os dois se aproximando. Dona Linda se sentou na cadeira de balanço, chorando de alívio, e Seu Sebastião gritou pelos outros netos dentro da casa, chamando-os para fora. Todos, exceto Carol, que já estava dormindo, apareceram para ver Jéssica chegando. Neto desceu e ajudou Jéssica a descer também. Ela caminhou a frente dele e Dona Linda veio a seu encontro.
– Graças a Deus, minha filha, você está bem – disse, abraçando-a – O que aconteceu? Por que demorou tanto?
– O cavalo dela se assustou com uma cobra, e ela quase caiu de cima dele. Ela ficou inconsciente por algumas horas e a tempestade estava muito forte, então esperei para trazê-la em segurança. – disse Neto, olhando para Seu Sebastião, antes que Jéssica tivesse chance de responder.
Ela olhara para ele pela primeira vez, agora sob uma luz branca e intensa, e ficou encantada com sua beleza e segurança. Ele era alto, corpulento e sua pele parecia translúcida perante aquela luz clara. Seus cabelos eram negros e curtos, mas escorriam até atrás das orelhas. Por alguns momentos, ela sentiu-se envergonhada por estar molhada e descabelada.
– Isso é verdade, filha? – Seu Sebastião perguntou, olhando fixamente, porém sem expressão alguma, para Neto.
– É sim, vô. O Neto me ajudou com Negrinho.
– Você é o filho dos Pereira, que moram logo ali, perto do riacho? – perguntou Seu Sebastião, sorrindo com o reconhecimento. Neto fez que sim com a cabeça, abrindo um sorriso também – Muito obrigado, filho. Mande lembranças minhas para seus pais.
– Não foi nada. – e se virando para Jéssica, disse – bem, se você estiver OK agora, eu vou indo.
– Eu estou bem – Jéssica fez que sim com a cabeça, olhando fundo nos olhos de Neto – Obrigado.
Neto virou de costas e caminhou até seu cavalo. Montado, acenou mais uma vez com a cabeça e saiu da fazenda, galopando a toda velocidade. Seu Sebastião mandou João e José levarem Negrinho para a baia, e Dona Linda pediu para Vanessa esquentar a comida para que Jéssica comesse um pouco. A rotina da família voltara ao normal.
Jéssica tomou um longo e quente banho, sentou-se à mesa para comer a janta que havia sobrado e despediu-se de Felipe e Alice, que sairiam logo antes de amanhecer para a pousada.
– Bem, filha, acho que você deveria ir descansar agora. Seu dia foi muito longo. – disse Dona Linda.
– Sim, vovó. Boa noite – disse Jéssica, virando-se para acompanhar Laura até o quarto.
Chegando ao quarto, Laura começou a sussurrar no escuro.
– Nossa, que cara bonito aquele Neto, hein – Jéssica permaneceu em silêncio, lembrando-se do rosto dele – ainda assim, não chega aos pés do Roberto.
– Aquele cara da lanchonete? – perguntou Jéssica com espanto.
– Ele mesmo. Tenho certeza que está doidinho por você. – disse Laura, segurando o riso. Então ela se lembrou e comentou – Não se esqueça que amanhã vamos sair com ele.
– Você não me deixaria esquecer isso de jeito nenhum, Laura.
Laura soltou um leve riso e se calou. Depois de alguns minutos, Jéssica soube que ela havia dormido. Permaneceu deitada, apenas pensando no dia que tivera e em como seu mundo interior estava de pernas para o ar. Pensou no momento que saíra da fazenda com Negrinho e lembrou-se de como estava tentando desesperadamente esquecer de Fred naquele momento. Agora que se lembrara dele, não sentia tanta dor, só a necessidade de estar ao seu lado, pois ela estava acostumada a isso. Depois, a imagem de um cavalo cor-de-terra apareceu sob suas pálpebras fechadas e ela começou a sonhar.

                                                
                                                      *****

Jéssica amanheceu sentindo-se totalmente descansada. Tomou café-da-manhã e saiu do casarão, procurando algo em que se ocupar. Avistou sua avó e a pequena Carol trabalhando na horta e caminhou até elas.
– Bom dia, vovó. Gostaria de te ajudar por aqui. – disse, agachando-se ao lado de Dona Linda.
– Bom dia, filha. Não se sente cansada? – perguntou Dona Linda, franzindo o cenho.
– Não. Pelo contrário, estou cheia de energia – disse sorrindo.
– Então você pode me ajudar a plantar tomates. – disse Dona Linda, passando algumas sementes para Jéssica – Carolzinha, você poderia regar os canteiros, começando por aquele? – disse apontando o lado direito da horta.
– Assim, vovó? – perguntou Carol, com o regador inclinado em suas mãos.
– Sim, querida, continue por favor.
Jéssica se sentia bem enfiando as mãos na terra. Ela adorava a vida na cidade grande e todo aquele trânsito de pessoas apressadas. Mas momentos como os que ela vivia na fazenda junto com sua família eram muito especiais para ela. Lamentava-se apenas por seus pais que cada vez mais se distanciavam do campo.
Depois de algumas horas e de uma pausa para o almoço, todos já iam voltando para o trabalho quando avistaram uma figura se aproximando ao longe. Levou mais alguns segundos para Jéssica perceber de quem se tratava: Neto, montado em seu cavalo, aproximava-se cada vez mais de onde ela e sua família se encontravam. Todos olharam para ela no instante em que perceberam quem era, e logo começaram a se afastar devagar.
Jéssica, sentindo-se envergonhada, pôs as mãos na cintura e esperou. Neto parou em frente a ela e desceu de seu cavalo. Seu rosto denunciou, por alguns instantes, um turbilhão de sentimentos interiores em conflito, mas sorriu ao vê-la.
– Oi, Jéssica. Estava passando por aqui perto e resolvi me certificar de que você estava bem. – disse enquanto avaliava a garota de modo exagerado, o que fez Jéssica fazer careta.
– Sim, eu vejo o quanto você está preocupado. – disse sorrindo – Eu estou bem, Neto. Obrigado.
– Olha, eu queria te dizer que sinto muito sobre ontem – Jéssica não entendeu o que ele queria dizer, e esperou que continuasse – você sabe... O modo como falei com você.
Jéssica lembrou-se da imagem dele explodindo de raiva, aparentemente sem motivo algum. Ela encarou o chão e Neto soube no que ela estava pensando. Ela sentiu-o chegar mais perto, tenso, esperando uma resposta. Então ela levantou os olhos, e neles não havia mágoa.
­– Mas por que você agiu daquela maneira?
– Eu... – Neto procurou um motivo, e sem encontrar olhou para o lado antes de continuar – eu realmente não sei.
Os dois permaneceram mudos, cada um com seus pensamente interiores. Mas Jéssica ouviu-o chamá-la antes de ver seu sorriso.
– Quer dar uma volta?
– Só se os cavalos ficarem. – disse Jéssica, sorrindo significativamente.  

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Cidade do Sol, por Khaled Hosseini

Eu conheci esse livro através de uma prima minha, e confesso que não estava nem um pouco interessada em lê-lo. Eu tinha uma opinião totalmente diferente sobre o gênero romance histórico até ler A Cidade do Sol. E hoje, indico pra vocês.




Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. 
Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.


Desde o começo do livro até o final, não parei de chorar. A história é muito linda e triste também. É interessante também pois você passa a entender sobre como as mulheres do Afeganistão sofrem, sobre os talibãs, os rebeldes, sua cultura... 
É isso aí, só lendo pra saber mesmo. Beijos

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"With Blackbirds following me..."

Que tal um pouco de música boa? Estava aqui escutando Blackbirds, de Linkin Park, da trilha sonora do jogo 8 Bit Rebellion. *que até hoje não joguei, mas morro de vontade*
Essa música tem a letra muito interessante, e sua batida penetra até na alma.









Pássaros Negros
Eu tremo e agito o quente ar frio
Estou sozinho comigo mesmo
Em cada erro, eu cavo este buraco
Através da minha pele e dos ossos

É mais difícil começar de novo
Do que nunca ter mudado

Com pássaros negros me seguindo
Eu estou cavando a minha cova
Eles se aproximam, me engolindo
A dor, ela vem em ondas
Estou recebendo de volta o que eu dei

Eu suo nos lençóis com a luz do dia se apagando
Conforme eu desvaneço
Fico preso em erros que cometi
Esse é o preço que eu pago

É mais difícil começar de novo
Do que nunca ter mudado

Com passáros negros me seguindo
Eu estou cavando a minha cova
Eles se aproximam, me engolindo
A dor, ela vem em ondas
Estou recebendo de volta o que eu dei

Eu caio no chão como eu fazia antes
Pare de ficar olhando
Estou tossindo
Eu não posso mais
O que quero e preciso estão em guerra constante
Como um poço cheio de veneno
Um caroço podre
O sangue flui fino
A febre dá pontadas
E eu tremo pelo inferno que trazem estes hábitos
Deite os doentes
Os sinos vão tocar
Coloque moedas sobre os olhos
Deixe os homens mortos cantarem




Desafio Leitura Nacional

Bem, por indicação do Blog Thunder's Empire, fui convidada a fazer este desafio.

1- Quantos livros nacionais há na sua estante?

Bem, eu tenho Dom Casmurro, A Moreninha, O Segredo da Casa Amarela, O Crime do Padre Amaro, Rômulo e Júlia - os caras pintadas, Meu Negro Amor e O Senhor da Chuva.

2- Quando e qual foi o último livro nacional que você comprou?

O Senhor da Chuva, acho que em 2009.

3- O que achou dele?

Achei ótimo, inclusive quero ler mais de André Vianco. Ele é o cara em suspense e histórias de terror aqui no Brasil. Veja o post sobre essa obra em O Senhor da Chuva, por André Vianco.

4- Dentre os livros que você já leu, qual mais te desagradou e qual mais te surpreendeu?

O Crime do Padre Amaro foi o que mais me desagradou, e fora O Senhor da Chuva, eu confesso que adoro a história de Dom Casmurro.

5- O que acha que falta aos autores nacionais para que a barreira do preconceito dos leitores seja vencida?

Em questão de histórias boas e atrativas, acho que não falta nada, pois os livros que eu tenho e mais os outros livros que já li são excelentes. Acho só que falta, por parte das próprias editoras e dos leitores, mais divulgação.

6- Cite três livros nacionais que você espera ler em breve:

Vixi, é complicado, não consigo pensar em nenhum agora. Mas sempre tem um livro que eu já ouvi falar e que tenho vontade de ler sim, sendo nacional ou não.

7- Indique 5 Blogs para responder à esse desafio:

Ah, eu indico no futuro, quando conhecer mais Blogs ^^

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 05


Jéssica sentiu pontadas de dor por todo o corpo antes de abrir os olhos. Ainda se sentia tonta e confusa enquanto tentava se lembrar o que acontecera. Percebeu que estava deitada sob uma imensa mangueira. Não conseguia enxergar o céu, pois seus galhos eram muito densos, mas soube que já havia parado de chover. Devagar foi se sentando, e imagens embaçadas de Negrinho assustado e saltando, um cavalo cor-de-terra e muita chuva iam se juntando em sua cabeça.
 Espreitou os olhos para tentar enxergar através da escuridão, mas não conseguia enxergar dois palmos à frente de seu nariz. Ouviu passos e barulho de mastigação adiante, então pensou em Negrinho e no cavalo cor-de-terra por ali, sossegados. O vento da noite estava frio e penetrava através de suas roupas molhadas. Mesmo assim sentira um calafrio correr por sua espinha quando o percebeu se aproximando por trás.
 Apesar de uma fraca e tremeluzente luz de lampião tê-lo denunciado, Jéssica sabia que sentiria sua presença até mesmo no escuro. Ficou esperando, imóvel, até que ele lentamente a contornasse e se sentasse de frente para ela. Então levantou os olhos e encarou aquele que a salvara.
 Perante a pouca luz, ela não podia enxergar muita coisa, mas viu seus lábios se moverem quando falou, a voz grave.
 – Bem, estava esperando você acordar. – Jéssica achou a declaração óbvia demais e continuou calada. Mas ele não pronunciou nada além disso, e demorou algum tempo para que a garota percebesse que ela deveria agradecê-lo.
 – Obrigado por me tirar de Negrinho naquele momento. Eu realmente estava com problemas. – disse, tentando olhá-lo nos olhos.
 – Não tem de quê. Eu teria feito por qualquer um – O garoto olhara para o lado, mexendo as duas mãos constantemente. Ao ouvir isso, Jéssica estranhamente sentiu um nó em sua garganta, mas deixou de lado quando o rapaz voltou a fitá-la – Meu nome é José Neto, mas pode me chamar de Neto.
 – Meu nome é Ana Jéssica, mas pode me chamar de Jéssica – riu de si mesma ao se ouvir falando. Quase nunca dizia seu primeiro nome para alguém.
 – O que foi? O que é engraçado? – Neto ficara curioso ouvindo-a rir daquele jeito.
 – Não é nada. É que eu não gosto do Ana, mas deixa pra lá.
 À meia luz, Neto fez cara de confuso e Jéssica parou de rir. Os dois se encararam por alguns instantes, mudos. Jéssica sentiu os pêlos de seus braços eriçarem com o frio. O silêncio que caíra entre os dois era ensurdecedor, e ela se pegou prendendo a respiração. Ela não podia pensar em um motivo racional, mas sentia que naquele momento seria capaz de fazer qualquer coisa. Sentia-se também mais livre que as correntes marítimas que iam e vinham, de lá para cá pelo globo. Mas sabia que não conseguiria se livrar das grossas cordas imaginárias que a prendiam no olhar dele. Jéssica não se preocupou em permanecer daquele jeito para sempre, mas, como a falta de energia que de repente provoca o breu total em uma cidade inteira, Neto se desligou da conexão, empertigando-se, e olhou em direção aos cavalos.
 – Em que você estava pensando para cavalgar com aquele tempo? – Neto perguntou, soando áspero demais para Jéssica.
 Ela estava incrédula com o tom que ele usara e arrependida por ter se sentido tão vulnerável por sua presença. Arrependeu-se também por ter parado ali, no meio do nada, com aquele estranho completo e por ter saído da fazenda de seu avô cavalgando Negrinho. Pensando em tudo isso e sentindo muita raiva, Jéssica se levantou e deu as costas para ele, caminhando alguns passos em frente. Sentia-se exausta e um nó apertado formou-se em sua garganta. Respirou fundo várias vezes, controlando-se para não chorar.
 Neto soltou um longo e alto suspiro e se levantou. Lentamente, aproximou-se de Jéssica, parando a poucos centímetros. Ela não queria olhar para ele novamente, e ficou grata por ele ter deixado o lampião para trás. Mas Neto simplesmente permaneceu ali, sem se mover e respirando ruidosamente. Jéssica contou várias batidas de coração até que ele falasse novamente.
 – Olha, Jéssica, me desculpe. Você não tem que responder nada para mim. – disse com a voz controlada, quase soando carinhoso – O importante é que você está bem. Agora, me diga onde você mora para eu poder levá-la – ele pigarreou uma ou duas vezes antes de continuar – acredito que o seu cavalo ainda esteja assustado.
 Jéssica se virou, toda a raiva desaparecida. Soltou um suspiro de alívio e agradecimento por não ouvi-lo bravo novamente. Pensou em Negrinho pela primeira vez e se preocupou com seus avós, na fazenda, sem saberem onde ela estava.
 – Ai, meu Deus! Quanto tempo eu fiquei apagada? O vovô e a vovó devem estar desesperados por minha causa. E o Negrinho? Ele está bem? Se eu não tivesse saído de casa, nada disso teria acontecido... – Jéssica estava à beira da histeria, andando de um lado para o outro.
 – Ei, psiu! Calma, Jéssica – Neto a puxara pelo braço, abraçando-a – Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Você apagou apenas por duas horas. Eu levo você e explico o que houve para seus avós.
 Jéssica se sentiu enrubescida, mas aquele sentimento profundo de antes voltara e, por alguns segundos, seus pensamentos anuviaram. Então ela soltou-se um pouco do abraço apertado para continuar.
 – Bem, eu não sei onde estou, mas acho que você deve saber como se chega até a fazenda do Seu Sebastião, meu avô. Estou passando minhas férias lá.
 – É, eu sei mesmo. Moro aqui há menos de um ano e já conheço o Seu Sebastião. A fazenda dos meus pais fica alguns quilômetros pra frente.
 Neto pôs dois dedos na boca e assoviou alto. O cavalo cor-de-terra, agora tão escuro quanto Negrinho, aproximou-se, correndo. Para a surpresa de Jéssica, seu cavalo vinha logo atrás. Neto apanhou o lampião e subiu em seu cavalo. Com meio sorriso no rosto, aproximou-se da garota, oferecendo a mão para ajudá-la a subir.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fúria de Titãs - filme

Bem, eu vi esse filme somente esses dias, mas mesmo assim vou falar dele. Fúria de Titãs é o tipo de filme que tem tudo o que eu curto: mitologia grega, atores bonitos, aventuras, morte, traição e romance *pouco, mas tem kk*.
Não é todo mundo que gosta desse tipo de história, mas eu recomendo mesmo assim pois os efeitos especiais do filme são muito fodas *em 3D deve ser MUITO melhor né, mas eu vi piratão mesmo u_u*, para se ter uma ideia, o orçamento foi de US$ 70 milhões.




Sinopse: Em 'Fúria de Titãs', a disputa pelo poder lança os homens contra os reis, e os reis contra os deuses. Mas a guerra em curso entre os deuses já é suficiente para destruir o mundo. Nascido de um deus, porém criado como homem, Perseu se vê indefeso para salvar a família da aniquilação por Hades, o vingativo deus do reino dos mortos. Sem nada a perder, Perseu se oferece como voluntário para comandar a perigosa missão de derrotar Hades, antes que este consiga obter poder de Zeus e instalar o inferno na Terra. Liderando um grupo de guerreiros, Perseu parte numa arriscada jornada nas profundezas dos mundos proibidos. Combatendo demônios cruéis e monstros terríveis, ele somente irá conseguir sobreviver se aceitar seu poder como um deus, desafiar a sorte e criar seu próprio destino.


Mais fotos.










Vejam vocês mesmo o trailer. Beijos.




       

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que eu estou lendo? [2]

Bem, na realidade ainda não estou lendo *dá um desconto pra uma menina que tem que estudar pra um exame de bolsa dia 7, escrever o conto, postar no blog e ler Dan Brown* mas eu já comprei o livro esses dias nas Lojas Americanas. Quando eu o vi, ele me olhou de volta e foi paixão à primeira vista. *-* Veja Julgando pela Capa...
Fallen, literalmente Caído, por Lauren Kate.




Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no reformatório. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso – que provocou a morte de seu namorado – levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder— uma verdade que poderia matá-la. Algo que, em suas vidas passadas, Daniel não conseguiu evitar. O reformatorio para onde Luce vai já está dividido, e ela tem que decidir ficar ao lado da sua paixão a vidas, "Daniel Grigori" Ariane, Penn e Gabee, que ela acredita estar a protegendo ou o encanto de "Cam", com seus amigos Molly e Roland. Qual é a escolha certa? Quem realmente quer o seu bem? /Wikipedia


Então, aí estava lendo pelo Wikipedia e descobri que é uma série, e os seguintes livros são Torment, Passion e Rapture. Parece que vai virar filme também, mas prefiro já ler o livro antes de ver o filme. Antes eu tinha pensado que era mais uma história sobre Vampiros, não tenho nada contra, mas já li muito por um bom tempo sobre esse assunto. Aí vi que o cara é um anjo, e estou doidinha pra saber mais sobre esse anjo (6) kkk.
Se alguém também já tinha ouvido falar ou já leu, comente aí. Beijos

domingo, 30 de janeiro de 2011

Capítulo 04

Passados alguns dias desde sua ida para a cidade, Jéssica estava sentada à mesa com todos os primos para tomar o lanche da tarde que sua avó Linda fazia todos os dias. Felipe e Alice estavam muito animados, pois no dia seguinte iriam partir de carro para uma pousada a alguns quilômetros da cidade.
– Bem, acho que o vovô e a vovó agüentam essa gurizada por alguns dias sem nós, não é, meu amor? – disse Felipe. Alice concordou com a cabeça, rindo, enquanto mastigava um pedaço de bolo de fubá.
– O vovô e a vovó eu não sei, mas que vocês vão ficar muuito bem, disso eu tenho certeza. – disse Vanessa, rindo e piscando para o irmão.
Jéssica já não escutava mais os primos conversarem e rirem. Ela olhou pela janela e viu como o dia estava lindo: claro e fresco, ainda que houvessem algumas nuvens carregadas. Então ela se lembrou do que tivera vontade de fazer o ano todo.
– Vovô, será que eu posso cavalgar o Negrinho? – perguntou, se lembrando de que aquele cavalo era o único que ela tinha coragem de montar, pois era o mais manso.
– Mas, minha querida, não vai demorar muito para escurecer... – interveio Dona Linda, preocupada.
– Acho que se ela for rápida, não haverá problema algum, Linda. – respondeu Seu Sebastião, em tom condescendente.
– Bom, então não demore muito, tudo bem? Até porque uma chuva daquelas está para cair... – Jéssica fez que sim com a cabeça, se levantando e saindo pela porta dos fundos.
Passou primeiro pela baia para pegar Negrinho, e depois o levou até o seleiro, onde selou e montou o grande cavalo, negro como a noite. Jéssica sempre admirara esse cavalo, pois apesar de sua imponente aparência, era tão dócil quanto um bezerro.
Ela cavalgava em direção a grandes pastos, onde haviam alguns ruminantes espalhados. Em poucos minutos se distanciara da fazenda, correndo por lugares onde não conseguia enxergar o fim do horizonte. Com o vento levantando seus cabelos, sentia cheiros que não saberia como distinguir, pois eram muitos. Flores silvestres, grama verde, eucalipto, terra molhada. Ela podia pensar em mil coisas diferentes.
Naquele momento, Jéssica se sentia uma só com toda a natureza a sua volta. Somente sua mente flutuava, ativa. Lembrava-se dos momentos maravilhosos que tivera com Fred durante quase 16 meses. Ela tivera certeza que havia encontrado o amor de sua vida a cada momento que admirava seus olhos, puro mel líquido.
Correr montada em Negrinho proporcionava-lhe uma sensação de pura adrenalina. Sentia seu rosto úmido, mas não saberia dizer se por causa da chuva, que começara fina como garoa da manhã e agora caía como pedaços de um céu de veludo negro, ou por causa das lágrimas que rolavam pelo seu rosto na forma de um sussurro silencioso.
O pasto, que chegava até a metade das longas patas de Negrinho, estava encharcado e pantanoso. Tudo aconteceu rápido demais para que Jéssica percebesse o que estava errado: antes que Negrinho pisasse a poucos centímetros de uma longa e grossa serpente, uma jibóia, o cavalo já estava sobre as duas patas traseiras, relinchando alto e assustado. Num impulso desesperado, Jéssica soltara as rédeas para se agarrar à sela, evitando cair de costas daquela altura perigosa.
          Mas o cavalo ainda estava assustado, e quanto mais pulava, mais Jéssica deslizava para o lado esquerdo da sela, em direção ao chão. Jéssica já não escutava mais os altos protestos do cavalo, nem os sentia cada vez que uma de suas patas deixava o chão, pois entrara num estado de dormência e medo profundos. Quando pensou que se soltaria de vez, sentiu braços e mãos envolvendo sua cintura e suas pernas, puxando-a para cima. Viu a crista e o cabelo bem aparados de um cavalo cor-de-terra e sentiu uma respiração quente e ritmada sobre o alto de sua cabeça molhada. Então se permitiu fechar os olhos e não pensou mais em nada.